Meu caderno On line

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Inez Nerez

terça-feira, 29 de maio de 2012

Anúncio Publicitário

                                     Chamar a atenção do consumidor - Eis o objetivo do anunciante



Chamar a atenção do consumidor - Eis o objetivo do anunciante
A todo instante nos deparamos com uma infinidade de propagandas, seja em outdoors, seja em panfletos espalhados pelas ruas ou através da mídia. Elas fazem parte dos chamados “gêneros textuais”, pois participam de uma situação sociocomunicativa entre as pessoas. 
A finalidade deste tipo de texto é de persuadir, ou seja, o anunciante (emissor) tem o objetivo de convencer o telespectador (receptor) sobre a boa qualidade de um determinado produto, convencendo-o a adquirí-lo.
Isto nos remete à ideia daquele velho ditado popular, o qual diz que “a propaganda é a alma do negócio”, e se analisarmos, concluiremos que a afirmação é totalmente verídica, porque quanto mais criativo e objetivo for o anúncio, mais haverá a possibilidade de aceitação. Para isso, é importante saber o público-alvo, fator decisivo perante a elaboração das estratégias a serem aplicadas.

Quanto à estrutura do texto em questão, ele compõe-se da seguinte forma:

Título - Geralmente é bastante criativo e atraente, baseado em um jogo de palavras carregadas de linguagem conotativa, justamente com o intento de atrair o consumidor.
Imagens - As mais inusitadas possíveis, dispostas de forma a chamar a atenção de acordo com as características do produto anunciado.

Corpo do texto - Nesta parte é desenvolvida a ideia sugerida no título, com frases curtas, claras e objetivas, adequando o vocabulário aos interlocutores destinados.

Identificação do produto ou marca - funciona como uma “assinatura” do anunciante. Ocorre também de aparecer o Slogan junto à marca anunciada, para dar mais ênfase à comunicação. Certos slogans são de nosso conhecimento. Como por exemplo: “TIM - Viver sem Fronteiras”, RED BULL - Te dá Asas!

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Descrição objetiva de cenário.







Esta é uma descrição objetiva de cenário. Podemos observar muito mais do que uma simples enumeração de plantas e adornos, pois o observador faz um inventário de detalhes, entre matérias, contornos e cores, extenso em pormenores: “atravessando-se o jardim por entre a simetria dos canteiros e limosas estátuas (...) e trombones de faiança azul-nanquim”. Dispensa o uso da subjetividade, atravessando os espaços e registrando-os com fidelidade fotográfica. 

Há um pôr-do-sol de primavera e uma velha casa abandonada. Está em ruínas. 
A velha casa não mais abriga vidas em seu interior. Tudo é passado. Tudo é lembrança. Hoje, apenas almas juvenis brincam despreocupadas e felizes entre suas paredes trêmulas. 
Em seu chão, despido da madeira polida que a cobriam, brotam ervas daninhas. Entre a vegetação que busca minimizar as doces recordações do passado, surge a figura amarela e suave da margarida, flor-mulher. As nuanças de suas cores sorriem e denunciam lembranças de seus ocupantes. 
A velha casa está em ruínas. Pássaros saltitam e gorjeiam nas amuradas que a cercam. Seus trinados são melodias no altar do tempo à espera de redentoras orações. Raízes vorazes de grandes árvores infiltraram-se entre as pedras do alicerce e abalam suas estruturas. 
Agoniza a velha casa. Agora, somente imagens desfilam, ao longo das noites. As janelas são bocas escancaradas. A casa velha em ruínas clama por vozes e movimentos...
 

(Geraldo M. de Carvalho) 


Esta é uma descrição subjetiva do cenário. O autor enquadra de forma lírica uma casa em ruínas. Apresenta o seu ponto de vista subjetivo e nostálgico em relação ao cenário, concede metáforas e impressões sinestésicas aos espaços que sua sensibilidade percorre: “paredes trêmulas”, “melodias no altar do tempo”, “as janelas são boas escancaradas”.





Descrição de cenário




A casa de Botafogo
 
Prédio talvez um pouco antigo, porém limpo; desde o portão da chácara pressentia-se logo que ali habitava gente fina e de gosto bem educado; atravessando-se o jardim por entre a simetria dos canteiros e limosas estátuas cobertas de verdura e enormes vasos de tinhorões e begônias do Amazonas, e bolhas de vidro de várias cores com pedestal de ferro fosco, e lampiões de três globos que surgiam de pequeninos grupos de palmeiras sem tronco, e banco de madeira rústica, e trombones de faiança azul-nanquim, alcançava-se uma vistosa escadaria de granito, cujo patamar guarneciam duas grandes águias de bronze polido, com as asas em meio descanso, espalmando as nodosas garras sobre colunatas de pedra branca. Na sala de entrada, por entre muitos objetos de arte, notava-se, mesmo de passagem, meia dúzia de telas originais; umas em cavaletes, outras suspensas contra a parede por grossos cordéis de seda frouxa; e, afastando o soberbo reposteiro de repes verde que havia na porta do fundo, penetrava-se imediatamente no principal salão da casa. 

(Aluísio Azevedo) 





1. Introdução

Qualquer um de nós, senhor de um assunto, é, em princípio, capaz de escrever sobre ele. 

Não há um jeito especial para a redação, ao contrário do que muita gente pensa. 
Há apenas uma falta de preparação inicial, que o esforço e a prática vencem”. 

(J. Mattoso Câmara Jr.). 

Considerando a citação acima, podemos dizer que para escrever um bom texto, correto e claro, não é preciso ser um escritor. 

Toda pessoa é capaz de escrever bons textos. 

A prática é fundamental, ou seja, o hábito de escrever é uma forma de aperfeiçoar cada vez mais a sua escrita. 

Expressar uma idéia oralmente é muito simples, mas no momento de passar para o papel e organizar tais idéias muitas vezes nos deparamos com certas dificuldades, pois não basta colocar no papel o que se tem em mente é preciso ter um pensamento organizado e clareza nas idéias. 

É muito importante manter o hábito da leitura para estarmos sempre informados e atualizados em vários assuntos e enriquecer nosso vocabulário, pois isso irá ajudar bastante na hora fazer uma redação.

Receita para um texto dissertativo



1. Receita para o texto dissertativo 

Como começar? 

Primeiramente é preciso ter conhecimento sobre o tema, e em seguida é preciso transformar tal conhecimento numa pergunta, na qual a sua resposta dará origem às idéias. Faça uma reflexão sobre o assunto. Elabore um rascunho, planejando o conteúdo e organizando as idéias. 

Como discutir? 

Escolha os seus argumentos, seja ele para concordar, contestar ou fazer oposições, e exponha exemplos, juízos, conceitos, raciocínios a fim de fundamentar a sua discussão. 

Como argumentar? 

Cada parágrafo argumentativo deve expor adequadamente uma idéia-central, através dos exemplos, juízos, evidências, relações de causa e conseqüência. 

Como concluir? 

Para a conclusão, siga de forma coerente com a discussão: elabore uma síntese do conteúdo discutido, retome o posicionamento da tese ou atribuir uma perspectiva ou solução para o problema. 

Para se fazer uma boa dissertação é muito importante: 

- Ler o tema com muita atenção, para entender o que se é pedido; 

- Ter conhecimento do tema que irá desenvolver; 

- Fazer um rascunho antes de começar a escrever o texto original; 

- Evitar expressões como: “na minha opinião”, “eu penso que”, “eu acho que”, e procurar escrever o texto sempre em 3º pessoa do singular ou do plural. 

- Manter o máximo de clareza no que está escrevendo; 

- Todo texto dissertativo deve apresentar: parágrafo introdutório (tese), desenvolvimento (exposição/argumentação) e conclusão. 

- Evitar construir frases embromatórias. Certifique-se de que todas as palavras que constituem a frase são fundamentais. 

- Evitar o uso de palavras abreviadas, do etc., da palavra “coisa”, e de gírias.

Ambigüidade




A ambigüidade surge quando algo que está sendo dito admite mais de um sentido, comprometendo a compreensão do conteúdo.
 A inadequação de elementos como pronomes, adjuntos adverbiais, expressões e até mesmo enunciados inteiros podem acarretar em duplo sentido, comprometendo a clareza do texto. 

Uma das estratégias para evitar esses problemas é a revisão dos textos. 
É preciso estar atento à construção de orações para evitar ambigüidades. 

Há algumas palavras com as quais devemos tomar bastante cuidado para não incorrermos nesse vício, especialmente possessivos (seu, sua). 

Uma redação de boa qualidade depende muito do domínio dos mecanismos de construção da textualidade e da capacidade de se colocar na posição do leitor. 

Quando o fim é progredir




Há milhares de anos o universo existia em harmonia. 
Os ciclos de escuridão e luz se alternavam periodicamente. 
As estrelas nasciam, brilhavam e explodiam. Sempre o mesmo ciclo. 
Harmonia. Tranqüilidade. A luz fez um planeta fértil. 
Plantas surgiram. 
A harmonia continuou. 
Animais surgiram. 
Sucederam as eras geológicas. 
Surgiu, então, o homem.
 O homem não se contentou com os ciclos naturais. 
Construiu ferramentas e com estas ergueu as cidades, afastando-se até das memórias dos campos, da vida simples e natural. A harmonia se despedaçou. 
Ao homem foi dado o domínio da tecnologia, mas ele a usou para a destruição. 

Foi dada também a conquista do meio, mas ele o converteu em sua própria prisão. 
As florestas foram arrasadas. 
A atmosfera foi poluída. 
Enfim, a Terra criou o homem e foi destruída por sua criação. 
Os mais sábios tentaram impedir o progresso, mas o lucro do momento fechou os ouvidos do homem. 

A avalanche continuou. 
Cada um competiu para transformar uma parte maior do todo. Ignoraram completamente o ciclo natural. Materialismo passou a ser o novo indicador. 
O progresso abalou o homem até onde a ambição alcança. 
Ele cada vez sabe mais, consegue mais e constrói mais. 
Só que não percebe, em sua escalada, a possibilidade da queda. 
Quando ele se der conta dos abusos que comete, será tarde demais para voltar. 

Auto destruição


Autodestruição 

Há tempos a questão da preservação do meio ambiente entrou no dia-a-dia das discussões do mundo inteiro.
 O excesso de poluição emitida pelas indústrias e automóveis e a devastação das florestas são as principais causas do efeito estufa e finalmente se tornaram motivo de preocupação. 
Contudo, até agora, os resultados pró-natureza são insignificantes perto dos prejuízos causados a ela. 
Essa diferença tem razões econômicas. 
Não é simples nem vantajoso uma fábrica que emite grande quantidade de poluentes comprar equipamentos que amenizam tal emissão. 
O mesmo acontece com automóveis, grandes vilões do ar nas cidades. 
Segundo reportagens, carros e ônibus velhos poluem quarenta vezes mais do que os novos, e não é por falta de vontade que os donos não os trocam, e sim por falta de dinheiro. 
Concluímos, então, que o mundo capitalista inviabiliza um acordo com o meio ambiente e, enquanto isso, o planeta adoece. 
Outros problemas é a falta de informação e educação ambiental.
 Muitas pessoas ainda desconhecem os malefícios do efeito estufa, como, por exemplo, o aumento da temperatura e, como conseqüência, a intensificação das secas. Esse desconhecimento somado ao egoísmo e descaso humano trazem-nos uma visão de futuro pessimista.
 Das poucas pessoas cientes desse problema, muitas não o levam a sério e não tentam mudar suas atitudes buscando uma solução.
 Enquanto os efeitos dos nossos atos não atingirem proporções mais danosas, permaneceremos acomodados com a situação, deixando para nossas futuras gerações o dever de “consertar” o meio ambiente. 
A triste conclusão a que chegamos é a de que a prudência e o bom senso do ser humano não são mais fortes que a sua ambição e egoísmo. 
Estamos destinados a morrer no planeta que matamos. 






Livros desprezados 

Grave problema presente no Brasil é o baixo nível cultural da população devido à falta de leitura de boa qualidade. Segundo o Pisa (Programa internacional de avaliação de alunos), que verifica a capacidade de leitura do jovem, dentre os 32 países envolvidos na pesquisa de 2001, o nosso ficou com a última colocação. 
Um dos fatores que provocam a falta de domínio da leitura na avaliação brasileira é a escassez de livrarias: apenas uma para cada 84,4 mil habitantes. Porém, essa não é a única razão: o brasileiro prefere ler futilidades que pouco ou nada acrescentam ao seu intelecto a se dedicar aos grandes nomes da literatura. 
Os políticos tentam suavizar a situação do semi-analfabetismo gerada pela falta de leitura com o discurso de que é perfeitamente normal que algumas pessoas alcancem o final do ensino médio sem saber expressar suas idéias por meio da escrita. Obviamente, é “perfeitamente norma”, visto que o sistema de repetência foi indevidamente abolido nas escolas públicas. 
É imprescindível que a leitura no Brasil seja estimulada desde a infância e que o sistema de ensino sofra uma revisão. Nossa nação não pode aspirar ao desenvolvimento tendo tão deficiente capital humano.