Há milhares de anos o universo existia em harmonia.
Os ciclos de escuridão e luz se alternavam periodicamente.
As estrelas nasciam, brilhavam e explodiam. Sempre o mesmo ciclo.
Harmonia. Tranqüilidade. A luz fez um planeta fértil.
Plantas surgiram.
A harmonia continuou.
Animais surgiram.
Sucederam as eras geológicas.
Surgiu, então, o homem.
O homem não se contentou com os ciclos naturais.
Construiu ferramentas e com estas ergueu as cidades, afastando-se até das memórias dos campos, da vida simples e natural. A harmonia se despedaçou.
Ao homem foi dado o domínio da tecnologia, mas ele a usou para a destruição.
Foi dada também a conquista do meio, mas ele o converteu em sua própria prisão.
As florestas foram arrasadas.
A atmosfera foi poluída.
Enfim, a Terra criou o homem e foi destruída por sua criação.
Os mais sábios tentaram impedir o progresso, mas o lucro do momento fechou os ouvidos do homem.
A avalanche continuou.
Cada um competiu para transformar uma parte maior do todo. Ignoraram completamente o ciclo natural. Materialismo passou a ser o novo indicador.
O progresso abalou o homem até onde a ambição alcança.
Ele cada vez sabe mais, consegue mais e constrói mais.
Só que não percebe, em sua escalada, a possibilidade da queda.
Quando ele se der conta dos abusos que comete, será tarde demais para voltar.
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