Meu caderno On line

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Inez Nerez

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Quando o fim é progredir




Há milhares de anos o universo existia em harmonia. 
Os ciclos de escuridão e luz se alternavam periodicamente. 
As estrelas nasciam, brilhavam e explodiam. Sempre o mesmo ciclo. 
Harmonia. Tranqüilidade. A luz fez um planeta fértil. 
Plantas surgiram. 
A harmonia continuou. 
Animais surgiram. 
Sucederam as eras geológicas. 
Surgiu, então, o homem.
 O homem não se contentou com os ciclos naturais. 
Construiu ferramentas e com estas ergueu as cidades, afastando-se até das memórias dos campos, da vida simples e natural. A harmonia se despedaçou. 
Ao homem foi dado o domínio da tecnologia, mas ele a usou para a destruição. 

Foi dada também a conquista do meio, mas ele o converteu em sua própria prisão. 
As florestas foram arrasadas. 
A atmosfera foi poluída. 
Enfim, a Terra criou o homem e foi destruída por sua criação. 
Os mais sábios tentaram impedir o progresso, mas o lucro do momento fechou os ouvidos do homem. 

A avalanche continuou. 
Cada um competiu para transformar uma parte maior do todo. Ignoraram completamente o ciclo natural. Materialismo passou a ser o novo indicador. 
O progresso abalou o homem até onde a ambição alcança. 
Ele cada vez sabe mais, consegue mais e constrói mais. 
Só que não percebe, em sua escalada, a possibilidade da queda. 
Quando ele se der conta dos abusos que comete, será tarde demais para voltar. 

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